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"Saúde"

O Conselho Estadual de Saúde da Bahia acionou o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do estado para garantir que agentes de saúde tenham acesso a imóveis abandonados e inabitados, visando o controle da dengue. Com base em dados que indicam que 80% dos focos do mosquito da dengue estão dentro das residências, o Conselho busca a aplicação de medida provisória que autoriza o ingresso forçado em tais imóveis, deliberada durante a 303ª Reunião Ordinária do colegiado. Segundo o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Gêmeos, essa ação é crucial no combate à dengue e não pode esperar pela declaração de estado de calamidade pública. Atualmente, a Bahia já utiliza drones para identificar focos de água parada em áreas de difícil acesso, porém, sem autorização dos moradores, a ação de combate ao mosquito fica comprometida. A medida, que autoriza o ingresso forçado em imóveis abandonados ou inabitados, agora tem força de lei com a publicação da Lei nº 13.301, permitindo a execução das ações de controle ao mosquito e seus criadouros. Esta iniciativa deve ser tomada apenas em situações excepcionais e visa intensificar o combate à dengue, que registrou um aumento de 209,3% em comparação ao ano anterior, com 29.982 casos prováveis até o dia 2 de março de 2024.

O Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), registrou na última sexta-feira (1º) mais uma captação de órgãos. A ação, que captou dessa vez rins, fígado, córneas e coração, resultou no primeiro transplante cardíaco da Bahia em 2024, realizado no Hospital Ana Nery em Salvador. O transporte do coração em tempo hábil foi realizado através de uma aeronave do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). Mesmo em meio a dor da perda do ente querido, de 54 anos, residente na cidade de Irecê e vítima de traumatismo crânio encefálico (TCE), o sim da família para a doação ajudou a salvar a vida de um paciente de 60 anos, que há mais de um mês aguardava na fila por um transplante de coração. Da mesma forma, os demais órgãos captados seguiram na missão de transformar a vida de pacientes na fila de espera. Este ano, já foram registradas seis captações no Hospital Regional de Irecê, dentre elas, três realizadas simultaneamente. Tudo isso devido a solidariedade dos familiares dos doadores e a dedicação dos profissionais envolvidos. “Estamos felizes com a conscientização da população da nossa região e a dedicação da equipe multidisciplinar. Queremos agradecer muito aos familiares que mesmo em um momento de tanto sofrimento causado pela perda do seu ente querido, tomaram a nobre decisão de doar os órgãos e salvar vidas”, pontua Lucinete Alves, enfermeira coordenadora da Emergência da unidade hospitalar.

Os casos de dengue em gestantes aumentaram preocupantes 345,2% nas seis primeiras semanas de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde. A situação, conforme a pasta federal, representa um quadro inquietante de saúde pública devido ao elevado risco de complicações graves tanto para as gestantes quanto para os bebês, incluindo formas graves da doença e complicações perinatais como prematuridade e morte fetal. Em 2023, o Brasil registrou 1.530.940 casos prováveis de dengue, com um coeficiente de incidência de 753,9 casos por 100 mil habitantes, representando um aumento de 16,5% em comparação com o ano anterior. Até o momento, em 2024, o país já contabilizou 1.038.475 casos prováveis de dengue, com 258 mortes confirmadas e 651 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência atual é de 511,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

Com a explosão de casos de dengue e o aumento das infecções por covid-19 no Brasil, sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar têm gerado muitas dúvidas. O infectologista Moacyr Silva Junior, do Hospital Albert Einstein, ressalta que, embora ambas as doenças sejam causadas por vírus, são transmitidas de maneiras diferentes. Enquanto a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a covid-19 ocorre por via aérea, através do contato próximo com uma pessoa infectada. No caso da covid-19, a transmissão ocorre principalmente por tosse, espirro ou contato próximo. Já a dengue é transmitida pelo mosquito, que pica uma pessoa infectada e depois uma pessoa saudável, transmitindo o vírus. Quanto aos sintomas, o quadro respiratório é mais comum na covid-19, enquanto na dengue prevalecem sintomas como dor no corpo, dor atrás dos olhos e mal-estar, sem envolver infecções das vias aéreas superiores, como tosse e coriza. Segundo o Ministério da Saúde, os sinais clássicos da dengue incluem febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e mal-estar, sendo que a piora geralmente ocorre após o declínio da febre, com sinais como vômitos recorrentes, desidratação e manchas pelo corpo. Já a covid-19 pode apresentar sintomas leves a graves, como tosse, febre, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo evoluir para formas mais graves com falta de ar persistente. Com os sistemas de saúde sobrecarregados, a automedicação é uma prática comum, mas deve ser feita com cautela. Para a covid-19, a dipirona e a lavagem nasal com soro fisiológico podem ajudar a aliviar os sintomas. Na dengue, além do analgésico, a hidratação é essencial, sendo recomendado o consumo de três litros de líquidos por dia, e é contraindicado o uso de ácido acetilsalicílico (AAS), que pode piorar os sinais de hemorragia em casos de dengue hemorrágica.

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